A primeira fase das intervenções de
ampliação do Porto do Rio, no Caju, foi inaugurada nesta
quinta-feira (12/3), em solenidade que contou com a presença
da presidente Dilma Rousseff, do governador Luiz Fernando
Pezão e do prefeito Eduardo Paes. As obras do Porto do
Futuro estão sendo realizadas pelo Grupo Libra e
MultiTerminais, em parceria com a Companhia Docas do Rio de
Janeiro e os governos federal, estadual e municipal.
O projeto tem como objetivo a expansão e
a modernização de dois terminais de armazenamento de
contêineres e de um terminal de armazenamento de veículos. O
investimento privado é de R$ 1 bilhão para obras de extensão
do cais (550 metros), extensão da retroárea (33 mil metros),
a construção de novo edifício garagem (7 mil vagas) e de
três novos armazéns (que somam 20 mil metros quadrados),
além de equipamentos.
Os investimentos públicos são de R$ 550
milhões, já garantidos, para obras de dragagem do Porto e
para a construção da Avenida Portuária, que ligará a Avenida
Brasil ao Porto. O projeto conta ainda com recursos públicos
de R$ 250 milhões - em fase de viabilização – para a
construção de um mergulhão, que fará a conexão entre a pista
de chegada da Avenida Brasil à cidade e o cais de São
Cristóvão e Gamboa, e também da Avenida Alternativa, uma via
que será aberta no Caju para criar um acesso complementar ao
Porto e aos Terminais Retroportuários, localizados na
região.
Quando concluídas, as obras resultarão no
maior cais contínuo da América do Sul, que poderá chegar a
2.070 metros de extensão. A inauguração do Porto do Futuro -
que impacta as cadeias produtivas dos setores farmacêutico,
automotivo, químico e de óleo e gás - representa um aumento
de 63% na capacidade do terminal.
A presidente Dilma Rousseff destacou que
o empreendimento contribui para o crescimento econômico
fluminense e brasileiro.
– O investimento privado de R$ 1 bilhão
no Porto vai permitir que o Rio de Janeiro tenha hoje um dos
portos mais modernos do país e seja um grande centro de
recebimento de importação e exportação de produtos com
grande valor agregado. É um Porto valorizado, porque aqui se
exporta carros e vários produtos já manufaturados – afirmou
a presidente.
Já o governador Luiz Fernando Pezão
ressaltou a parceria entre as três esferas de governo.
– Esse empreendimento é fruto de uma
parceria dos governos federal, estadual e municipal com
empresários que acreditaram no Rio. Isso é a prova de que,
quando os poderes se reúnem, esse estado e o país são
imbatíveis. O Porto do Futuro beneficia não só a cidade do
Rio, mas todo o estado e, especialmente a Região
Metropolitana, com seus investimentos e empregos. Não
podemos perder a pujança das atividades portuárias, de
estaleiros, sondas e tudo o que a indústria naval trouxe
para o Rio – disse o governador.
O prefeito do Rio, Eduardo Paes,
enfatizou que o Porto do Futuro mostra a força e a
importância econômica do Brasil.
– Ter um terminal tão sofisticado e
importante para a cidade mostra a força do Rio de Janeiro e
do Brasil, que são capazes de superar os desafios e
percalços que se impõem – disse o prefeito.
A conselheira de administração do Grupo
Libra, Celina Carpi, ressaltou o apoio dos governos para o
desenvolvimento do empreendimento.
– Temos um Porto competitivo com os mais
modernos equipamentos e infraestrutura portuária de
qualidade internacional. Nesse sentido, o apoio do governo
federal foi inestimável, assim como a parceria com o Governo
do Estado, que contribuiu com o processo através da
implantação da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) no Caju
e da agilidade do órgão ambiental estadual na avaliação e
concessão de licenças, além de nos apoiar na modernização da
conexão logística estadual. A Prefeitura do Rio também foi
fundamental na organização do trânsito na Região Portuária e
na coordenação das obras do Porto Maravilha – ressaltou
Celina.
Porto do Rio de janeiro -
Polo indutor da atividade econômica, o
porto é o mero quadrado do território fluminense que mais
gera receitas tributárias. O Estado do Rio é o segundo maior
importador do país, com R$ 21,7 bilhões em 2014. Também é o
local em que mais se arrecadam impostos federais, estaduais
e municipais do estado. Apenas no ano passado, a arrecadação
de ICMS na nacionalização de cargas foi de R$ 2,2 bilhões.