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Há tempos noto que as cores vivas estão sumindo da paisagem
urbana. Nas ruas, só carros nas cores pretos, prata, branco,
azul marinho, raramente um vermelho (lembram do Mustang cor
de sangue?), um amarelo manga. As roupas também estão em
tons formais e fora os maravilhosos shortinhos jeans
esfarrapados, noto que as mulheres estão contidas, travadas,
usando longas saias largas, vestidões que lembram batas das
virgens da Indonésia Oriental.
Claro que só um boçal não percebe que o Brasil está de luto
diante desse caos todo que a patifaria fez e faz com a sua
honra. Uma nação desonrada não vai as ruas dirigindo carros
multicoloridos, vestindo biquinis de lacinho vermelho com
shorts amarelos, motocicletas em tons tropicalistas. Esse ar
cinzento parece espelhar o inconsciente coletivo do Brasil.
Ou não?
Não sou exemplo de nada, absolutamente nada, mas gosto de
carros de cores vivas. Amarelo, vermelho. Mas ultimamente,
só cores formais porque todo mundo diz que “amarelo é muito
over”. Traduzindo “amarelo é muito alegre para perambular
por esse cenário que está ai”.
Além da desonra, vivemos o auge da ditadura do politicamente
correto que é cinzenta da cabeça aos pés. Seu lema de ordem
é “proibido permitir” e isso vale para batons “ousados”, fio
dental tipo cipozinho baiano, abajur lilás, vadiagem da boa,
chamar de “minha nega” ou “meu nego”, tapinhas etc. Tudo
proibido. Passando uma leve sensação de que o Brasil onde
havia araras, berimbal, praia, bundas e alegria hoje lembra
a Alemanha Oriental dos anos 30, comandada por Adolf Hitler
que decretou o fim da felicidade coletiva.
Faz sentido? Esses carros de hoje comparados com os dos anos
80 (foto) tem a ver com isso tudo ou é delírio meu?