Emergências recebem R$ 20 milhões em medicamentos e
materiais
O funcionamento das principais emergências hospitalares da
rede estadual de saúde começou a ser restabelecido nesta
quinta-feira (24/12), a partir da primeira ação prática do
gabinete de crise, criado ontem pelo governador Luiz
Fernando Pezão, em parceria com o Ministério da Saúde e a
Prefeitura do Rio. Pela manhã, milhares de medicamentos e
materiais hospitalares, doados pelo governo federal, foram
entregues nos hospitais Rocha Faria, Alberto Torres e Adão
Peireira Nunes.
Nesta primeira etapa, cerca de 300 mil itens - que vão de
luvas cirúrgicas a agulhas e próteses ortopédicas - chegaram
às unidades. Os insumos somam R$ 20 milhões. Novos lotes
serão distribuídos para outros hospitais do estado, já na
próxima semana.
Pezão anunciou que as organizações sociais (OSs) começaram a
pagar, hoje, fornecedores, enfermeiros e médicos.
- Esperamos que, a partir de segunda-feira, esses pagamentos
se normalizem. Ontem à noite, tive mais sinalizações de
recursos entrando no caixa do estado na segunda-feira. Tudo
o que entrar, vou destinar para pagamentos da Saúde, para
normalizar a situação e entrarmos janeiro com tranquilidade
- afirmou Pezão, que acompanhou a saída das doações, no
Hospital Federal da Lagoa.
Procedimentos cirúrgicos
O secretário nacional de Atenção à Saúde, Alberto Beltrame,
anunciou hoje que pacientes internados nos hospitais
estaduais poderão realizar cirurgias em unidades federais,
caso seja necessário.
- A rede federal pode recebê-los, realizar o procedimento e,
depois devolvê-los para recuperação na unidade estadual -
antecipou Beltrame.
O representante do Ministério da Saúde reiterou que a
parceria da União com o Governo do Rio, além de financeira,
é técnica e material.
- O Instituto Nacional do Câncer já entregou dietas para
pacientes de vários hospitais da rede estadual, o que é uma
forma de materializar e dar uma concretude ao auxílio do
governo federal. Ao todo, 25 pacientes já foram transferidos
de hospitais estaduais para federais - detalhou Beltrame.
O Rio decretou estado de emergência na Saúde. A iniciativa,
assim como o gabinete de crise, tem duração de 180 dias e
visa a superar burocracias no abastecimento dos hospitais.
Pezão anunciou ontem a obtenção de R$ 297 milhões para
iniciar a regularização do atendimento nas emergências. Os
recursos chegarão às unidades de saúde por meio de convênio
firmado com a Prefeitura do Rio (R$ 100 milhões), do
Ministério da Saúde (R$ 135 milhões), além de R$ 152 milhões
de receita de ICMS.
A previsão é de que os valores oriundos da arrecadação de
ICMS e da Prefeitura do Rio estejam disponíveis para a
secretaria de Saúde já nos próximos dias. Dos repasses
federais, R$ 45 milhões chegaram essa semana e já estão
sendo aplicados na quitação de débitos com fornecedores; R$
15 milhões estarão disponíveis no dia 30; e os outros R$ 75
milhões serão repassados ao estado no dia 10 de janeiro.