Equipamentos são
usados no combate ao Aedes aegypti e em casos de afogamentos
O Corpo de
Bombeiros do Rio de Janeiro tem colocado a tecnologia como
aliada em suas operações. A corporação tem usado drones na
busca por focos do Aedes aegypti e no resgate de pessoas em
risco de afogamento nas praias.
Uma força-tarefa
formada por 800 bombeiros realiza vistorias em imóveis
urbanos desde terça-feira (23/2). Capacitados por técnicos
da Secretaria de Saúde, eles têm apoiado as equipes de
agentes municipais de controle de endemias em busca de focos
do mosquito. Os militares também atuam na conscientização da
população quanto à importância da prevenção de criadouros de
larvas. Esta semana, eles percorreram ruas de Belford Roxo,
na Baixada Fluminense.
Responsável pela
Coordenadoria de Operações com Veículo Aéreo Não Tripulado,
o tenente-coronel Rodrigo Bastos explicou que o equipamento
faz imagens em 4 K (altíssima resolução) dos imóveis, que
são enviadas em tempo real para um tablet.
- O uso do drone
tem agilizado as buscas. O que faríamos em cinco dias,
conseguimos fazer em 30 minutos. Além de ganharmos tempo,
minimizamos o efetivo. Quando identificamos um possível foco
do mosquito, enviamos os dados para uma equipe verificar o
local. Nossa parceria com a Secretaria de Saúde será mantida
pelo tempo que for necessário para acabarmos com essa
epidemia - disse o tenente-coronel.
Outro drone do
Corpo de Bombeiros está sendo usado pelo 3º Grupamento
Marítimo, na praia de Copacabana, para ajudar nos
salvamentos. Em caso de afogamento, o equipamento localiza a
posição exata da vítima e libera a boia que está acoplada.
Enquanto isso, os guarda-vidas são acionados para resgatar a
pessoa, podendo ter o apoio de jet-skys, botes aquáticos,
lanchas e aeronaves.
Treinamento
O Corpo de
Bombeiros do Rio é a primeira entidade pública do Brasil a
ter autorização da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac)
e do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) da
Marinha para usar os drones. Para isso, os 15 militares, que
atuam nas duas operações, fizeram um curso de 240 horas para
operar os equipamentos.
Atualmente, a
corporação tem três drones com câmeras acopladas, que podem
ser usados em atividades operacionais como salvamentos e
monitoramentos. O Corpo de Bombeiros fará uma licitação para
aquisição de equipamentos com câmeras térmica e noturna.
- O drone pode
ser usado em uma infinidade de atividades dos bombeiros,
trazendo grande benefício para a população e a corporação,
porque aumenta nosso braço operacional - afirmou Bastos.