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Publicado em 29/10/2016

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QUE VENÇA O MELHOR

Domingo, lá pelas cinco e meia, seis horas, já devemos saber quem assume a cidade a partir de 1° de janeiro do ano que vem. Rodrigo Neves continua a governar o Palácio Arariboia (e a sede nova), Felipe Peixoto assume a prefeitura, haverá muitos votos inválidos? As respostas, meus caros, só obteremos findo o resultado oficial do TRE. Mas, independente de quem entra e quem sai, ou até de quantos resolveram não votar nem em um, nem em outro - sejam quais forem os motivos - a verdade que os anéis ficarão. E quem ganhar, terá a obrigação de respeitar o niteroiense, respeitar Niterói e cumprir com tudo que prometeu ao longo da campanha. Pois é assim que faz o homem público quando assume tão importante desafio. Portanto, que vença aquele que conseguir convencer mais e melhor a população.

 

SINAL VERMELHO

O segundo turno das eleições vai decidir quem entra e quem continua, no caso dos prefeitos que tentam a reeleição, aliás, bem poucos, devido à crise que assola a maioria dos municípios e a consequente forte rejeição aos atuais detentores de mandato, sem falar no preconceito - ojeriza, mesmo - pela classe política, basta ver o número de votos nulos, brancos e abstenções da primeira etapa do processo. Processo este que, além de mostrar a insatisfação do eleitorado, no dia 30, deve confirmar outro aspecto muito expressivo: o sinal vermelho no Partido dos Trabalhadores, após o naufrágio do primeiro turno das eleições, isto é, a possibilidade de o PT ficar com baixíssima representatividade, também, na maioria das capitais, podendo significar até mesmo seu fim.

 

MAIS HARMONIA

Existe uma máxima que fala da boa harmonia entre os poderes pensando no bem-estar da população, certo? Todos acreditam que esta harmonia existe em Niterói, também. Mas quando tentamos andar em calçadas próximas ao TJERJ, na Dr. Celestino e da Câmara, na Amaral Peixoto, parece até que há um boicote por lá, pois é de cair o queixo e, se bobear, ficar enterrado até o pescoço devido às más condições das ruas e do calcetamento que estão mais para ‘descacetamento’. Independente de ser ou não o calcanhar (sem trocadilho) de Aquiles e do descaso de vários governos que por lá passaram - ou caíram -, as condições para pedestres daquelas e tantas outras partes da cidade devem contar com mais atenção das autoridades ou, já, já, não sobrará pedra sobre pedra em Niterói pois estarão todas, sem harmonia, causando acidentes e sendo chutadas para o meio da rua.

 

SEM SENSACIONALISMO

Quando se diz que as prisões recentes de muitos ‘cumpanhero’ do PT, como Palocci (vulgo “Itália”), de Eduardo Cunha e de Marcelo Odebrecht vão trazer revelações capazes de abalar toda República, não há nenhum exagero, muito menos sensacionalismo pra vender jornais e revistas. Quando se diz que “Amigo”, segundo a PF, é uma das muitas alcunhas do chefe de toda organização criminosa, ou seja, do ex-presidente Lula da Silva, que poderá ser preso a qualquer momento e que estas não são mais apenas suspeitas, nem perseguição política a quem quer que seja, também não há excesso algum. O que se vê, a todo momento, é um trabalho sério da Justiça e boa parte da Imprensa cumprindo com suas obrigações de colocar bandidos atrás das grades e mostrar à população quem são eles. Pelo menos, é o que fazem os profissionais de verdade.

 

REI DO CANGAÇO

O presidente do Senado, ‘coronelzinho’ Renan Calheiros, deve estar nervoso pelo fim próximo de seu cargo na Mesa Diretora que acontece em 1° de fevereiro do ano que vem e por outras ‘coisinhas’ que podem surgir com as investigações da Lava Jato. Basta olhar para ele à frente dos trabalhos daquela Casa e sua expressão durante as entrevistas para ficar claro que está sob estado de grande abalo emocional. Ou sob efeito de algum chá alucinógeno, como diria Caiado referindo-se ao ‘colega’ Lindbergh. Mas não é só isso: ele deu pra sair com algumas outras pérolas (a campeã continua sendo o fatiamento do julgamento de Dilma), como chamar juíz de ‘juizeco’, ministro de ‘chefete de polícia’ do governo do qual faz parte - pelo menos partidariamente - e a PF de ‘fascista’. Definitivamente, o senador Renan Calheiros ultrapassou todos os limites da ética, da decência e da falta de respeito e compostura. Mas, em se tratando de cangaceiros, acostumados à ficar acima da lei, tudo que Renan faz e fala ainda encontra seguidores e adeptos.

 

VELHOS CORREIOS

De repente, você precisa utilizar os serviços de nossa Empresa Brasileira de Correios (ECT), ou simplesmente, Correios, para enviar uma correspondência, um documento, retirar uma mercadoria, passar um telegrama ( para os mais saudosistas) etc. Se dirige até uma de suas agências, pega uma senha e aguarda sua vez. Mas aí pode acontecer algo que já vem se tornando quase regra: o tal do “sistema pode cair” (palavras dos próprios funcionários que, aliás, parecem não ter nada com isso) e você ter de ficar um tempo tão grande aguardando ele voltar - o sistema, pelo visto, arcaico, impróprio e obsoleto - que, dependendo do serviço pretendido, pode chegar mais rápido se for mandado por Fidípedes (aquele da maratona), soldado ateniense que após avisar sobre o êxito de uma batalha caiu morto. O que torcemos para não acontecer com nossos gloriosos Correios que, às vezes, devido longa espera, quase nos mata de cansaço.

 

EXEMPLO DAS MULHERES

Logo após o resultado das eleições em cidades onde houve apenas o primeiro turno, fiz questão de parabenizar algumas mulheres que se sagraram vitoriosas nas urnas pela dificuldade que elas têm de ingressar na política, permanecerem e, mesmo, colocarem seus nomes para serem avaliados num processo eleitoral, geralmente, machista, desigual, seletivo e difícil. Muito difícil, aliás. Em particular, citei o caso de Quissamã, pequeno e jovem município do norte fluminense, onde a assistente social Fátima Pacheco foi eleita para chefiar o Executivo pelos quatro próximos anos. Fiz isto, por conhecê-la há muitos anos e por saber o quanto teve de superar desafios, entre os quais passar, várias vezes, por cima do processo eleitoral machista, desigual, seletivo e difícil. E traiçoeiro, muito traiçoeiro. Esta trajetória, somada à capacidade como política e gestora (foi vereadora duas vezes e secretária municipal outras tantas) exige de todos nós apoiá-la e acreditar ser possível um mandato voltado para o crescimento daquele município de tão boas lembranças e companheiros fraternos.
 


*Artigos, crônicas e colunas assinadas são de total responsabilidade de seus autores e não traduzem a opinião do jornal


 
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