Pilates pode diminuir dores e desconforto durante a gravidez
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Publicado
em 20/05/2017 |
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Já há alguns anos o Pilates vem ganhando espaço nas
academias e cada vez mais adeptos, principalmente do sexo
feminino. Mas existe uma fase na vida da mulher em que este
exercício pode trazer ainda mais benefícios do que se
imagina normalmente. Durante a gravidez, quando o abdômen é
distendido, a atividade ajuda a fortalecer e tonificar os
músculos da região e também do assoalho pélvico, cuja
musculatura se enfraquece devido à grande pressão que sofre
neste período, tendendo a se alongar e movimentar-se mais
para baixo do quadril.
A fisioterapeuta e professora de Pilates da Academia
Locatelli, Adriana Salamoni, explica que a atividade é um
condicionamento físico com princípios fundamentais:
flexibilidade, força, consciência corporal, centralização,
controle e respiração. Ao mesmo tempo em que os exercícios
são realizados, deve-se contrair o abdômen e os músculos do
assoalho pélvico, região conhecida nesta prática como
“core”.
Segundo a profissional, o alongamento e fortalecimento dos
diversos grupos musculares, como os das costas e pernas,
diminuem a dor e desconforto comuns neste período,
oferecendo maior disposição para o dia-a-dia e qualidade de
vida. A circulação sanguínea também é favorecida, diminuindo
o inchaço, as dores nos membros inferiores e aumentando a
oxigenação para o bebê.
“Como o princípio do método é a centralização, onde os
músculos do “core” (abdômen) e do assoalho pélvico são
recrutados constantemente, a prática durante a gravidez é
fundamental, pois é essa musculatura que dará maior
estabilidade para a coluna, diminuindo assim as dores
lombares”, esclarece Adriana, acrescentando que o
fortalecimento da musculatura do períneo também evita a
incontinência urinária e auxilia na hora do parto e na
recuperação.
Por ser um exercício de baixo impacto, o Pilates não provoca
sobrecarga nas articulações e, entre tantos benefícios,
então os exercícios de “quarto apoios”, posição que alivia a
pressão nas costas e no quadril e também favorece a
movimentação do bebê para posição certa na hora do parto.
“O Pilates pode ser realizado desde o primeiro trimestre,
sem trazer qualquer problema para a mãe ou para o bebê, uma
ou duas vezes por semana, com exceção daquelas que se
encontrem sem realizar nenhum tipo de atividade física.
Nesses casos, deve-se iniciar somente após terceiro mês”,
recomenda Adriana, lembrando que o médico obstetra deve
estar ciente e liberar a gestante para a prática da
atividade, já que em situações de sangramento, perda de
líquido, náuseas e outras situações específicas, o exercício
é contraindicado. Da mesma maneira, é necessário que haja
bom censo do profissional responsável para evitar exercícios
que exigem muito equilíbrio, devido à instabilidade pélvica
nesta fase, resultante da alteração muscular e hormonal (relaxina),
podendo causar quedas.
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