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Publicado
em 05/06/2017 |
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Instituto distribui soros, antirrábicas e antitetânicas
O quase centenário Instituto Vital Brazil (IVB), fundado em
1919, em Niterói, se mantém ainda hoje como pioneiro na
pesquisa científica e produção de antídotos contra picada de
animais peçonhentos (cobras, aranhas e escorpiões), além de
outros medicamentos e vacinas. Em 2016, foram produzidas e
distribuídas, via Ministério da Saúde, 132.310 ampolas,
tanto desses soros quanto de doses de antirrábicas e
antitetânicas. Agora, em fase de testes, os pesquisadores do
IVB trabalham em um soro antiapílico – contra picada de
abelhas.
O Vital Brazil também é único produtor brasileiro do soro
contra o veneno da aranha viúva-negra. No Brasil, por ano,
os casos de acidentes com animais peçonhentos são altos: 80
mil de escorpiões; 30 mil de aranha; e 30 mil de serpentes.
No Estado do Rio de Janeiro, acidentes com serpentes são os
mais comuns, sendo registrados cerca de 700 casos por ano,
causados por picadas de jararacas, cascavéis, corais
verdadeiras e surucucus.
Engana-se quem pensa que só em zonas rurais acontecem esses
acidentes. Na capital, há muitos casos registrados – e não
apenas entre os trilheiros.
– Esses animais acabam vivendo próximo à população. Os
acidentes nas grandes cidades vêm aumentando por causa do
crescimento desordenado, com o ser humano ocupando lugares
que antes eram áreas de matas. E com a produção de lixo,
aparecem ratos, que é o principal alimento das cobras
peçonhentas; e baratas, que são os alimentos de escorpiões e
aranhas – explicou Claudio Machado, biólogo e Chefe da
Divisão de Herpetologia do Vital Brazil.
Reconhecimento internacional
As descobertas do cientista Vital Brazil lhe garantiram
reconhecimento internacional. Entre elas, a de que, no lugar
de um soro universal, o ideal era que existisse um antídoto
para cada veneno de serpente. Por isso, o instituto tem um
cuidado constante em oferecer capacitação aos profissionais
de saúde, para que saibam identificar o tipo de acidente e
aplicar os soros, em caso de necessidade.
– Os sintomas variam de acordo com o tipo de veneno. É
necessário que os médicos saibam identificar o grupo de
serpentes que causou o acidente para que seja feito o
tratamento de forma correta – exemplificou Claudio Machado.
Hoje, há em torno de 20 polos de atendimento em todo o
estado. Na capital, há o Hospital Lourenço Jorge, na Barra.
Em Niterói, a unidade é no Hospital Universitário Antônio
Pedro. No site www.vitalbrazil.rj.gov.br é possível
pesquisar o polo mais próximo de cada município que pode
socorrer vítimas de peçonhentos. No portal, os profissionais
de saúde também podem solicitar o treinamento.
O que fazer ao ser vítima de picada de animais peçonhentos:
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Lavar o local da picada com água e sabão
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Manter o acidentado em repouso. Se a picada for no braço
ou na perna, estas extremidades devem ficar levantadas
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Levar o acidentado imediatamente ao polo de atendimento
mais próximo
O que NÃO fazer ao ser vítima de picada de animais
peçonhentos:
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Não amarrar ou fazer torniquetes ou garrotes, pois isso
impede a circulação do sangue e piora a situação da
vítima
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Não colocar folhas, pó de café ou quaisquer outras
substâncias no local da picada, pois podem provocar
infecção
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Não fazer cortes no local da picada, nem tentar sugar o
veneno
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Não permitir a ingestão de bebida alcoólica