Estado firma parceria com multinacional
do pescado para iniciar a Cidade da Pesca
Projeto do
secretário Felipe Peixoto vai gerar
10 mil empregos em São Gonçalo e adjacências
O
Estado do Rio de Janeiro retomou os investimentos na
indústria pesqueira, e avançou mais um passo na construção
da Cidade da Pesca, complexo pesqueiro que vai gerar 10 mil
empregos diretos em São Gonçalo, na Região Metropolitana do
estado. Idealizado pelo secretário de Estado de
Desenvolvimento Regional, Abastecimento e Pesca, Felipe
Peixoto, o projeto que vai ocupar mais de 600 mil metros
quadrados no bairro de Itaoca foi abraçado pelo governador
Sérgio Cabral que, nesta quarta-feira, dia 26, presidiu a
cerimônia de assinatura do protocolo de intenções firmado
com a multinacional Crusoe Foods, uma das 26 empresas da
holding espanhola Jealsa-Rianxeira, primeira da Espanha e
quarta do mundo no segmento de conserva de pescado. O
documento prevê a desapropriação para cessão de uma área de
100 mil metros quadrados, com a empresa se comprometendo a
fixar uma indústria no local. A parceria trará para o estado
cerca de R$ 60 milhões em investimentos, com a oferta de mil
empregos diretos só na nova indústria. Além da Crusoe Foods,
participa do protocolo o estaleiro Peixaria Pop & Peixe
Ltda. Outras dez empresas já sinalizaram interesse em se
instalar no no empreendimento.
- Com a
assinatura do protocolo de intenções, a pesca no estado do
Rio passa a ter uma nova realidade. A instalação de uma
empresa como a Crusoe Foods é um marco para o setor da
indústria pesqueira no país. Isso vai gerar uma perspectiva
futura de investimentos muito grande. A ideia é recuperar
para o estado as empresas do setor que deixaram na década de
80 o Rio, hoje o terceiro no ranking da produção de pescado
marinho do Brasil, ficando atrás apenas de Santa Catarina e
do Pará - explicou o secretário Felipe Peixoto.
O
projeto visa construir no local o maior terminal pesqueiro
do país, aproveitando o píer feito pela Petrobras como meio
de escoamento de insumos para o Complexo Petroquímico do Rio
de Janeiro (Comperj).
- Vamos
fazer a desapropriação do terreno ao lado do píer e doá-lo
para a instalação do estaleiro - disse o governador, que
anunciou, ainda, a construção da Escola do Mar, em Niterói,
um centro de formação de mão de obra para indústrias
pesqueira.
Já o
diretor-geral da Jealsa-Rianxeira, Jesus Alonso, explicou
que a motivação de entrar no Brasil veio da constatação de
que o país tem economia em desenvolvimento, muito bom para
os negócios de sua empresa. E a decisão de apostar no Rio
foi porque o estado tem um mercado interno com grande
potencial de crescimento.
Para
Ubiraci Soares, presidente da Associação de Moradores de
Itaoca e da Cooperativa de Beneficiamento de Caranguejo e
Pescado da Ilha de Itaoca (Ocapesca), a expectativa com a
chegada desse investimento é muito grande. “Havia para nossa
região só promessas. Essa assinatura representa a realização
de algo esperado há anos. Trará emprego em larga escala,
além de desenvolvimento e cidadania para os moradores. A
Ilha de Itaoca que hoje está abandonada será, futuramente, o
polo da indústria pesqueira. Isso é muito bom”.
Assinaram o protocolo o governador Sérgio Cabral; o
vice-governador e coordenador de Infraestrutura do Estado,
Luiz Fernando Pezão; o diretor-geral da Jealsa-Rianxeira,
Jesus Alonso; o secretário Felipe Peixoto; o secretário de
Estado de Ciência e Tecnologia, Julio Bueno; o prefeito de
São Gonçalo, Neilton Mulim; e a diretora da Companhia de
Desenvolvimento Industrial do Estado do Rio de Janeiro (Codin),
Maria da Conceição Ribeiro. Também participaram da cerimônia
a superintendente do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA)
no Rio de Janeiro, Suely Amaral; o deputado estadual de São
Gonçalo, José Luiz Nanci; e o secretário estadual de
Trabalho e Renda, Sérgio Romay.
|