Rio teve o verão mais seco e
quente dos últimos 13 anos
Agência Brasil
O verão de 2014, que terminou
oficialmente no último dia 20, foi o mais quente e seco dos
últimos 13 anos no Rio de Janeiro, de acordo com o Instituto
Nacional de Meteorologia (Inmet). A meteorologista Marlene
Leal explicou o registro de temperaturas mais elevadas e
índices de chuva mais baixos do que o comum para a estação
foi semelhante em 2001, 1984 e 1956.
“Foi um verão atípico porque nós tivemos
a formação de uma massa de ar que predominou desde a região
Sul do país, a região Sudeste e a região Centro-Oeste e
atingiu também uma parte das regiões Norte e Nordeste, ou
seja, é uma extensão muito grande de todo o país. Isso
impedia a chegada de frentes frias na nossa região. No
índice de precipitação nós tivemos um déficit em torno de
60% a 70%. Algumas áreas do estado ultrapassaram a 90%. Isso
vai permanecer no início do outono”, explica a
meteorologista Marlene Leal. “A média de 37,2º [graus
Celsius] em fevereiro foi recorde para o verão. Em 1984, a
temperatura média foi 37,1°C”, conclui.
A zona oeste do Rio foi a que mais sofreu
com o calor e Santa Cruz foi o bairro com as maiores
temperaturas. O Inmet chegou a registrar 40,8º no início de
fevereiro, com sensação térmica de aproximadamente 57ºC. A
temperatura foi a maior do país. A pesquisadora disse que em
1984 os termômetros marcaram temperaturas mais altas na
cidade, chegando a pouco mais de 43ºC.
Protetor solar passa a compor cesta básica
Artigo de primeira necessidade em tempos
de sol incessante, o filtro solar ficará mais barato no Rio
de Janeiro. Foi publicada no Diário Oficial do Poder
Executivo a Lei 6.704/14, que inclui o produto na cesta
básica do estado, reduzindo sua alíquota de ICMS para 7% no
comércio atacadista e isentando-o do imposto para o
consumidor, no mercado varejista. A alíquota normal sobre o
filtro solar é de 19%, já incluído o 1% destinado ao Fundo
de Combate à Pobreza.
A lei é resultado da sanção do projeto de
lei 2.718/14, do deputado Luiz Paulo (PSDB), aprovada
recentemente pela Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). A
nova norma define que o fator de proteção do produto seja
igual ou superior a 30.
O parlamentar recorreu a pesquisas do
Instituto Nacional do Câncer (Inca), que apontam o câncer de
pele como o tipo de maior incidência no país, para
justificar a proposta. “A inclusão desta mercadoria na cesta
básica tem por finalidade reduzir o preço de venda para
poder ser adquirido pelas classes menos favorecidas, uma vez
que se destina à proteção contra a incidência da radiação
ultravioleta, que pode causar danos à saúde”, alertou.
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