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Projeto de produção de mexilhões apresenta potencial econômico e cultural para Niterói

A produção brasileira de moluscos bivalves corresponde a 22 mil toneladas por ano, segundo o IBGE, colocando o país entre os que mais produzem mexilhões no mundo. Em Niterói, esta é uma atividade tradicional, que envolve tanto o extrativismo como a maricultura. São três comunidades expressivas no município que vivem dessa prática, localizadas nos bairros de Jurujuba, Boa Viagem e Centro. Diante deste cenário, o Programa de Desenvolvimento de Projetos Aplicados – PDPA , da Prefeitura de Niterói em parceria com Universidade Federal Fluminense e a Fundação Euclides da Cunha, lançou o projeto Futuro Próspero da Produção de Mexilhões em Niterói: da tradição ao dinamismo, focado no desenvolvimento econômico e do turismo da cidade.  

Este é um projeto que tem vários olhares, ele foca no interesse econômico, rentabilidade, no turismo, mas também tem o viés cultural e humano, pensando na tradição, nas questões familiares e na história do município. As pesquisadoras e pesquisadores de alto nível da UFF fizeram um trabalho completo e panorâmico,  afirma o reitor da UFF, professor Antonio Claudio da Nóbrega.  

“O projeto se aplica a estas comunidades que vivem da produção de mexilhões na busca de melhorias das condições das atividades desenvolvidas e na segurança do alimento. Com o fornecimento de um produto de qualidade e inócuo ao mercado podemos proporcionar a impulsão desse setor econômico tradicional respeitando essas comunidades que muitas das vezes são excluídas da sociedade, estimulando indiretamente o turismo e a cultura local” afirma a prof. Eliana Mesquita, coordenadora do projeto.

A pesquisadora também explica que frente às mudanças que ocorrem na área da pesca – tanto na própria tecnologia de captura quanto na legislação vigente voltada para pesca e pescado e derivados, a sociedade não deve deixar de lado o “know-how” que passa de pai para filho, como uma forma de preservação da cultura local e de fomento do turismo.

“Este é um conhecimento extremamente importante para o presente e o futuro da produção de moluscos bivalves de forma sustentável e rentável. Seria uma forma de preservar a atividade de grande importância para o município, evitando o êxodo dos filhos de pescadores que buscam, hoje, outras formas de subsistência. Há que se manter a identidade dessas comunidades reconhecidamente como produtores de alimentos de alto valor nutricional e importantes para os turistas que aqui chegam em busca de uma gastronomia própria da região”, conclui Eliana Mesquita.

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