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Bagueira recebe atletas campeões de jiu jitsu

O vice-prefeito de Niterói, Paulo Bagueira recebeu em seu gabinete atletas medalhistas de ouro integrantes do Instituto Árvore de Bons Frutos (ABF). Os cinco que estiveram com Bagueira fazem parte de um projeto social voltado para alunos de escolas públicas da cidade. Vieram acompanhados do coordenador do ABF, professor e também atleta campeão, Cleber Borges.

O Instituto ABF foi criado há três anos no Parque Municipal Palmir Silva, no Barreto, e conta hoje com mais de 300 inscritos. Além do Palmir Silva existem mais três polos: na comunidade do Buraco do Boi, também no Barreto; no Jorge Turco, em Coelho Neto; e Rocha Miranda, esses dois últimos no Rio. Até o fim do ano, a meta é implantar novas turmas no Horto do Fonseca e na Ilha da Conceição.

“É gratificante ver essa meninada vitoriosa, praticando esportes, estudando e longe das coisas ruins. São futuros atletas que têm potencial grande para representar o Brasil e, quem sabe, serem medalhistas olímpicos em breve. Tivemos muitos exemplos positivos agora com os jogos de Tóquio e muitos dos nossos campeões olímpicos vieram de comunidades carentes como esses jovens. Todos estão de parabéns”,  disse o vice-prefeito que também já foi atleta de jiu jitsu.

Em julho, 17 lutadores da ABF participaram do Campeonato Mundial na Arena da Juventude, em Deodoro, no Rio. Cinco deles foram premiados com medalha de ouro: João Gabriel Borges, de 11 anos, da Escola Municipal Mestre Fininha, no Barreto; Heitor Pryor, 12 anos, da Escola Heitor Villa Lobos (Ilha da Conceição); João Cleber Borges, 13, da Altivo César (Barreto); e Lorena da Luz, 16, Escola Estadual Brasil-China (Charitas). Também receberam medalha de ouro, os já em fase de profissionalização, Paola Santos e Rafaela Ventura, ambas com 19 anos.

Segundo o professor Cleber Borges o Instituto ABF trabalha com a filosofia de estimular o lado esportivo e apoiar o social.

“Todos os nossos alunos são de famílias de baixa renda e não cobramos nada. Fazemos eventos diversos para angariar recursos e custear as despesas. Exigimos que o atleta esteja estudando e acompanhamos seu desempenho escolar. Nosso foco são crianças e jovens entre 7 e 18 anos. Nosso trabalho é muito gratificante e fazemos com prazer”,  conta Cleber.

No Campeonato Mundial disputado na Arena da Juventude participaram atletas de vários países. A meta da equipe, formada por oito professores, é participar do Pan Kids da Califórnia, nos Estados Unidos, considerado o maior campeonato infantil de lutas. Cleber já foi campeão mundial de Jiu Jitsu em 2016 e bicampeão brasileiro (2015 e 16). Paola Prado, assistente social, faz o acompanhamento dos alunos e ajuda a selecionar os mais vulneráveis.

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