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Itacoatiara Big Wave realizou pela primeira vez competição histórica de Tow-In

Atletas consagrados desafiaram as grandes ondas do swell na Laje do Shock, atrás da Pedra do Pampo Clube. Especialistas em segurança deram apoio à competição

A Praia de Itacoatiara foi palco, na manhã deste domingo (31), da  competição de surfe de Tow-In, modalidade em que o surfista é rebocado por um jet ski. A disputa foi a segunda janela do Itacoatiara Big Wave 2022. A sessão de hoje vai marcar a história do surfe na cidade, segundo organizadores e surfistas. Desta vez, os atletas surfaram na conhecida Laje do Shock (atrás da Pedra do Pampo Club). Quem estava na areia não conseguia ver as manobras dos atletas. As ondas desafiadoras de cerca de 2,5 e 3 metros batiam na laje por detrás da pedra e ganhavam um volume ainda maior e com  mais  dificuldade para os competidores.

Foi montado um grande esquema de segurança pela organização do evento, não só para levar os surfistas que chegaram de jet ski entrando pelo Canal de Itaipu, como para a retirada dos atletas do mar, em condições adversas. A modalidade de tow-in começou nos anos 90, no Havaí, e vem se consolidando a cada ano como forma de competição.

O veterano Lucas Chumbo, que ficou em 2º lugar na competição de 2021, disse que sempre foi um sonho competir nesse tipo de modalidade dentro do Big Wave.

“Foi a realização de um sonho. O mar não foi um dos melhores, mas tinha condições muito boas e com grau de dificuldade grande. Foi mais um dia de aprendizado. Não cheguei a pegar as melhores, mas, em breve, teremos outra sessão para melhorarmos a pontuação. Eu estava bem conectado com meu parceiro Lucas Fink e fizemos o nosso melhor. É muito importante termos esse evento no Brasil. O Big Surf precisa disso, comemorou Chumbo.

O IBW 2022 é a 1ª competição de surfe no Brasil  simultânea de ondas grandes e tow-in. A primeira janela do campeonato atingiu séries de sete metros e os big riders entraram no mar de jet ski pela Praia de Itaipu para conseguirem descer nas remadas.

Idealizador da prova, o presidente da Associação de Surf de Ondas Grandes e Tow-In de Niterói, Alexey Wanick, reiterou que a competição foi desafiadora, mas que toda a organização, esquema de segurança e logística foram fundamentais para o sucesso da competição.

“O grau de dificuldade enfrentado pelos surfistas foi muito grande. Nessa fase da competição não falamos somente do tamanho das ondas e sim da proporção que parece ser menor, mas é gigante, pois o local não é fácil, tem pedras e as ondas crescem próximo as pedras. Estamos muito satisfeitos com essa etapa e por termos estreado o tow-in com tanto profissionalismo e sem acidentes. Isso é muito importante para a competição e para Niterói se consolidando como sede do BIG Wave. A competição de hoje já está repercutindo internacionalmente. Itacoatiara se consolida tanto o surfe na remada na praia quanto o tow-in na Laje do Shock”, observou Alexey.

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O desafio deste domingo contou com os Big Riders: Lucas Chumbo, Lucas Fink, Michaela Fregonese, Gabriel Sampaio, Kalani Lattanzi, Marcos Monteiro, Willyam Santana, Daniel Rodrigues, Felipe Cezarano, Éric Repsold, Victor Gioranelli, Alemão de Maresias, Fabiano Passos, a americana Katie McConnell, Guilherme Hillel e Valentin Neves participaram desse desafio que virou um marco para o surfe. As melhores ondas do dia ficaram por conta de: Gabriel Sampaio, Daniel Rodrigues, Lucas Chumbo e Valentim Neves, além de Felipe Cesarano.

“É o primeiro campeonato de tow-in realizado no Shock. Eu estou muito feliz por estar vivendo isso. É mais uma conquista do trabalho da galera em conjunto. A cena vem crescendo cada vez mais e atletas de vários lugares estão vindo conhecer as ondas de Itacoatiara, o que puxa o nível. A competitividade é boa para a evolução do esporte no shock. Agora é torcer para que venham mais ondas, para podermos competir e evoluir cada vez mais no surfe no Shock”, comemorou o surfista de Itacoatiara, Gabriel Sampaio.

O Itacoatiara Big Wave tem patrocínio da Enel Distribuição Rio, da Secretaria de Esportes e Lazer de Niterói e da Niterói Empresa de Lazer e Turismo (Neltur), com apoio da Arenque Surfboards, IBMR Centro Universitário, Organics e E-Vianna Personal.

O Secretário Municipal de Esportes e Lazer, Luiz Carlos Gallo, relembra que Niterói cada dia mais se reafirma como celeiro de atletas de qualidade em diversas modalidades, entre elas, o surfe.

Imagens: Matheus Couto e Tony D’Andrea

Itacoatiara Big Wave 2022

O IBW 2022 é aberto a qualquer surfista que, para se inscrever, deve enviar vídeos das ondas surfadas para a organização do evento. Após o encerramento da janela de competição, previsto para 31 de agosto, as ondas serão julgadas por uma comissão de arbitragem profissional, utilizando os critérios da Liga Mundial para o surfe de ondas grandes. A previsão é de, no total, até 4 chamadas para as sessões de surfe válidas para a competição.

As chamadas serão realizadas com base na previsão das grandes ondulações (swells). Na Praia de Itacoatiara acontecerão as chamadas para surfe na remada e na Laje do Shock (atrás da Pedra do Pampo Club), para o tow-in, o que vai depender das condições das ondas. Elas são confirmadas com antecedência entre 48 e 72h e as sessões ocorrerão entre 6h e 12h. O surfista com o maior somatório nas duas melhores ondas será o vencedor e levará o prêmio de R$ 100 mil. O Itacoatiara Big Wave premia também cinegrafistas e pilotos de jet ski que atuarem no reboque de atletas.

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