Dor é realmente algo subjetivo?
Entenda como é possível classificar essa importante sinalização que o corpo dá
Você já deve ter escutado ou até dito que é mais sensível à dor do que outras pessoas. Mas, afinal, essa percepção pode ser realmente verdadeira ou a dor é sentida de forma similar por todos? De acordo com a reumatologista do Hospital Edmundo Vasconcelos, Taciana Paula de Souza Stacchini, a definição da dimensão da dor ainda é de difícil compreensão, embora um fato sempre valha: cada indivíduo a sente de uma maneira.
Segundo a Associação Internacional para Estudo da Dor (IASP), a dor pode ser definida como uma experiência sensorial ou emocional desagradável. “Essa explicação ratifica que os níveis são individuais e relacionados com experiências prévias, o que torna difícil o diagnóstico médico”, diz a especialista.
Para ampliar ainda mais a complexidade, existem diferenças significativas entre os tipos de dor, que podem ser classificadas em aguda ou crônica, de acordo com o tempo de instalação dos sintomas, em visceral ou somática, dependendo da origem da sinalização e em nociceptiva, neuropática ou nociplástica, conforme a fisiopatologia, ou seja, o motivo que causou a dor. Além da classificação acima, em alguns casos os termos disruptiva, idiopática e psicogênica também são utilizados para descrevê-la.
De acordo com a médica do Hospital Edmundo Vasconcelos, independentemente da classificação, o que une todas as manifestações é que a dor acomete de forma negativa a qualidade de vida das pessoas e por isso, não deve ser negligenciada. “Não importa a faixa etária do paciente, a dor aguda, mesmo que temporária, gera irritabilidade, ansiedade e eventualmente impacto financeiro. Já no caso de uma dor crônica, o paciente pode ter diversos domínios da vida pessoal afetados, como os níveis de independência, a capacidade para manter a atenção no estudo ou no trabalho, assim como a qualidade da saúde mental”, conta Taciana.
O que caracteriza cada tipo de dor:
• Dor aguda – costuma ser de rápida resolução, desencadeada por contusões, cortes, escoriações, queimaduras, inflamação ou isquemia, entre outras causas.
• Dor crônica – na maioria dos casos, é decorrente de doenças pré-existentes ou do processo de envelhecimento, como no caso das osteoartrites. Pode ainda se dever a lesões que não foram tratadas adequadamente. Em alguns casos não é possível identificar a causa da dor.
• Dor nociceptiva – ocorre quando um receptor de dor é ativado de forma normal, fisiológica, em resposta a um estímulo nocivo, como por exemplo uma fratura, inflamação ou queimadura. Ou seja, tem relação direta com a lesão.
• Dor neuropática – ocorre quando há lesão ou doença que afeta o sistema nervoso periférico ou central.
• Dor nociplástica – ocorre quando há aumento da sensibilidade do sistema nervoso central sem um motivo aparente, ou seja, quando há um desequilíbrio entre os neurotransmissores que causam a dor e os que bloqueiam a dor.
• Dor disruptiva – é intensa, semelhante a dor crônica de base, porém surge de repente, rompendo o alívio gerado pela medicação. Geralmente é tratada com doses adicionais de analgésicos.
• Dor idiopática – quando não há um motivo aparente, ou seja, não há alteração no exame físico, exames de imagem ou laboratoriais que expliquem sua origem.
• Dor psicogênica – nesse caso fatores psicológicos podem influenciar na percepção da dor e transtornos de ansiedade, depressão, entre outros, podem ser gatilhos para esse tipo de dor.
Você já deve ter escutado ou até dito que é mais sensível à dor do que outras pessoas. Mas, afinal, essa percepção pode ser realmente verdadeira ou a dor é sentida de forma similar por todos? De acordo com a reumatologista do Hospital Edmundo Vasconcelos, Taciana Paula de Souza Stacchini, a definição da dimensão da dor ainda é de difícil compreensão, embora um fato sempre valha: cada indivíduo a sente de uma maneira.
Segundo a Associação Internacional para Estudo da Dor (IASP), a dor pode ser definida como uma experiência sensorial ou emocional desagradável. “Essa explicação ratifica que os níveis são individuais e relacionados com experiências prévias, o que torna difícil o diagnóstico médico”, diz a especialista.
Para ampliar ainda mais a complexidade, existem diferenças significativas entre os tipos de dor, que podem ser classificadas em aguda ou crônica, de acordo com o tempo de instalação dos sintomas, em visceral ou somática, dependendo da origem da sinalização e em nociceptiva, neuropática ou nociplástica, conforme a fisiopatologia, ou seja, o motivo que causou a dor. Além da classificação acima, em alguns casos os termos disruptiva, idiopática e psicogênica também são utilizados para descrevê-la.
De acordo com a médica do Hospital Edmundo Vasconcelos, independentemente da classificação, o que une todas as manifestações é que a dor acomete de forma negativa a qualidade de vida das pessoas e por isso, não deve ser negligenciada. “Não importa a faixa etária do paciente, a dor aguda, mesmo que temporária, gera irritabilidade, ansiedade e eventualmente impacto financeiro. Já no caso de uma dor crônica, o paciente pode ter diversos domínios da vida pessoal afetados, como os níveis de independência, a capacidade para manter a atenção no estudo ou no trabalho, assim como a qualidade da saúde mental”, conta Taciana.
O que caracteriza cada tipo de dor:
• Dor aguda – costuma ser de rápida resolução, desencadeada por contusões, cortes, escoriações, queimaduras, inflamação ou isquemia, entre outras causas.
• Dor crônica – na maioria dos casos, é decorrente de doenças pré-existentes ou do processo de envelhecimento, como no caso das osteoartrites. Pode ainda se dever a lesões que não foram tratadas adequadamente. Em alguns casos não é possível identificar a causa da dor.
• Dor nociceptiva – ocorre quando um receptor de dor é ativado de forma normal, fisiológica, em resposta a um estímulo nocivo, como por exemplo uma fratura, inflamação ou queimadura. Ou seja, tem relação direta com a lesão.
• Dor neuropática – ocorre quando há lesão ou doença que afeta o sistema nervoso periférico ou central.
• Dor nociplástica – ocorre quando há aumento da sensibilidade do sistema nervoso central sem um motivo aparente, ou seja, quando há um desequilíbrio entre os neurotransmissores que causam a dor e os que bloqueiam a dor.
• Dor disruptiva – é intensa, semelhante a dor crônica de base, porém surge de repente, rompendo o alívio gerado pela medicação. Geralmente é tratada com doses adicionais de analgésicos.
• Dor idiopática – quando não há um motivo aparente, ou seja, não há alteração no exame físico, exames de imagem ou laboratoriais que expliquem sua origem.
• Dor psicogênica – nesse caso fatores psicológicos podem influenciar na percepção da dor e transtornos de ansiedade, depressão, entre outros, podem ser gatilhos para esse tipo de dor.