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Com faturamento em alta, Semana do Pescado destaca investimento no setor

Até sexta-feira, principais mercados do Rio têm preços mais acessíveis para incentivar o consumo

Na 20ª Semana Nacional do Pescado, que vai até sexta-feira (15/09), com o objetivo de incentivar o consumo de peixes, frutos do mar e derivados, o Governo do Estado do Rio comemora o crescimento do setor e prevê novos avanços. Com faturamento em alta, a Fundação Instituto de Pesca do Estado do Rio de Janeiro (Fiperj) prepara o lançamento de uma nova unidade de produção pesqueira; o fomento de mais pesquisas e a expansão de assistência técnica e jurídica aos pescadores fluminenses.

Com os incentivos do Governo do Estado do Rio, o rendimento dos produtores dobrou nos últimos dois anos. Em 2022, foram exportados 169.726 quilos, gerando faturamento de US$ 2.24 milhões (R$ 11 milhões).

– O resultado dos esforços é motivo de alegria e orgulho, pois trata-se de uma das principais áreas que geram emprego e renda– afirma o governador Cláudio Castro.

E a tendência é melhor ainda. De acordo com o presidente da Fiperj, José Carlos Gervazoni, a fundação está nos ajustes finais para a reativação de uma unidade pesqueira em Rio das Flores, no Centro-Sul Fluminense. O termo de cessão de uso de um complexo de 75 mil metros quadrados, da prefeitura local para a Fiperj, já está em fase de assinatura.

– Posteriormente faremos o licenciamento ambiental da unidade, que abrigará ainda um núcleo de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) – ressalta Gervazoni, adiantando que a princípio serão produzidas tilápias e rãs na unidade.

Até sexta-feira, pescados têm preços mais acessíveis nos principais mercados.

– O Estado do Rio é o segundo no Brasil em quantidade de barcos de pesca registrados no Ministério da Pesca e Agricultura: 3.224. Apesar da informalidade, os números mostram a importância da pesca para nosso estado – afirma o secretário de Estado de Energia e Economia do Mar, Hugo Leal.

O tradicional Mercado São Pedro, em Niterói, é um dos locais que participam da Semana do Pescado. Nas edições anteriores, houve aumento de 30% nas vendas.

A Semana do Pescado reúne também o Sindicato dos Armadores de Pesca do Estado do Rio de Janeiro (Saperj), o Sindicato dos Bares e Restaurantes (SindRio), a Bolsa de Gêneros Alimentícios do Estado do Rio e o apoio e integração das secretarias de Estado de Energia e Economia do Mar; de Desenvolvimento Econômico e das secretarias de Desenvolvimento Econômico de Niterói e da pasta de Aquicultura e Pesca de São Gonçalo.

Pesquisas já chegam a 43 em menos de dois anos

Linhas de pesquisas em diversas áreas relacionadas às cadeias produtivas da aquicultura e pesca estão movimentando o setor desde o ano passado. Atualmente, 18 pesquisas socioeconômicas, de nutrição, produção e beneficiamento de organismos aquáticos, estão ativas. Em 2022, foram feitas 25 publicações científicas pela Fiperj.

Para dar mais suporte e atenção aos piscicultores fluminenses, a Fiperj presta atendimento técnico e jurídico em 17 escritórios regionais. Nesses escritórios, só no ano passado foram realizados 986 atendimentos a pessoas jurídicas e 5.889 a pessoas físicas.

Os investimentos em aquicultura têm respaldo nas previsões otimistas da Organização para a Alimentação e Agricultura. A FAO estima que o Brasil deve registrar um crescimento de 89% na produção da pesca e aquicultura até 2030, sendo o segundo maior crescimento esperado até o momento na região da América Latina e Caribe, atrás do Peru (120,9%).

Na Lagoa de Araruama, pesca triplicou com obra de R$ 22  milhões

Com monitoramento do Instituto Estadual de Meio Ambiente (Inea), a retirada de 400 mil metros cúbicos de areia e detritos da Lagoa de Araruama, com a dragagem do Canal do Itajuru, em Cabo Frio, já faz pelo menos mil famílias dos municípios ao seu entorno pescarem três vezes mais, beneficiando a economia e o turismo. São nas cidades de Araruama, São Pedro da Aldeia, Iguaba Grande, Cabo Frio e Arraial do Cabo.

O processo em andamento com recursos de R$ 22 milhões, do Fundo Estadual de Conservação Ambiental e Desenvolvimento Urbano (Fecam), beneficia um trecho de 8 quilômetros, através da troca hídrica entre o Oceano Atlântico e as águas da lagoa, atraindo cerca de 40 variedades de peixes. Em três meses, mais de 100 toneladas foram pescadas.

Crédito: Carlos Magno

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