Cláudio Castro: ‘Não retrocederemos um milímetro sequer para essas máfias’
“Não retrocederemos um milímetro sequer para essas máfias. O Estado não vai recuar”. Foi com essa afirmação que o governador Cláudio Castro iniciou a coletiva de imprensa, nesta sexta-feira (6), logo após reunião com o secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, e com os secretários de Estado das Polícias Civil e Militar, José Renato Torres e coronel Luiz Henrique Marinho Pires.
O encontro, no Palácio Guanabara, teve o objetivo de ajustar a parceria entre as forças de segurança estaduais e federais para elucidar o crime que envolveu os quatros médicos nas primeiras horas de quinta-feira (05/10), na praia da Barra da Tijuca, e para o combate a organizações criminosas que vêm atuando no estado do Rio de Janeiro. Cláudio Castro falou sobre as estratégias de combate à criminalidade em todo o estado e assegurou que, mesmo com os desdobramentos sobre os ataques contra os médicos na Zona Oeste do Rio, as investigações continuam.
– Estamos diante de um problema que é do país inteiro e não se trata mais somente de facções criminosas e grupos de milicianos. São máfias que vêm avançando cada vez mais nas esferas dos poderes, nos comércios, no sistema financeiro nacional, que possuem suas próprias regras e tribunais. Nossas investigações seguem avançando, com inteligência e aparato técnico, para chegarmos à cúpula dessas máfias, que têm criminosos com alto grau de impetuosidade e que cometem crimes bárbaros contra o nosso povo. Não descansaremos. Temos uma polícia competente, preparada e, hoje, equipada – ressaltou Castro.
O governador afirmou que a polícia continuará realizando trabalho de inteligência para prender os líderes das facções que atuam no estado e no país.
– Cada vez mais o uso de tecnologia continuará sendo aplicado. Esse é o caminho para um resultado perene – acrescentou o governador.
O secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, enfatizou o trabalho em conjunto do Governo Federal com as forças de segurança do Estado.
– Vamos apoiar o Rio de Janeiro, ainda mais, no enfrentamento desse crime inaceitável que ameaça a vida e afronta o Estado Democrático. Não há outro caminho senão os Poderes darem as mãos. Este debate é um desafio do país. Organizações criminosas cada vez mais organizadas e verticalizadas exigem organização, integração e inteligência do poder público com o apoio da iniciativa privada. Vamos ampliar nossa ação de inteligência no Estado do Rio por meio da Superintendência da Polícia Federal – citou Cappelli.
O secretário de Estado da Polícia Civil, José Renato Torres, esclareceu que diligências continuam sendo feitas para solucionar o crime na Barra da Tijuca. Além disso, garantiu que a Polícia Civil vai investigar, com o mesmo rigor, os assassinatos dos médicos e dos suspeitos de envolvimento no crime.
– O inquérito tem apenas 48 horas e segue em andamento. Dos quatro corpos que foram localizados pela Polícia Civil, três deles já foram identificados e um já foi confirmado, que é um dos suspeitos que participaram dos assassinatos dos três médicos. Quem tem a força de punir é o Estado e vamos conduzir as investigações com o rigor da lei – finalizou Torres.