Estado envia médicos para combate à febre amarela no Norte do país
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O Governo do Estado do Rio de Janeiro enviou uma equipe de especialistas com o objetivo de reforçar o enfrentamento da febre amarela na região Norte do Brasil. Em resposta à solicitação da Força Nacional do SUS, médicos do Instituto Estadual de Infectologia São Sebastião (IEISS-RJ) foram mobilizados para os estados do Pará e Amapá. Eles irão atuar na investigação dos casos da doença e na otimização do atendimento à população local.
A primeira missão ocorreu em 5 de março, quando o infectologista Rafael Galliez acompanhou a equipe da Força Nacional do SUS em visitas a Belém e Breves, no Pará. Já em 14 de março, a médica Ana Beatriz Pacheco integrou a equipe para reforçar as medidas emergenciais no Amapá.
Medidas estratégicas e desafios locais
Durante as visitas, os especialistas avaliaram a estrutura de saúde e capacitaram profissionais para diagnóstico precoce da febre amarela, doença que pode ser confundida com outras infecções febris. Breves, no Pará, foi um dos principais focos da investigação, devido ao aumento dos casos. Até 24 de março, o estado registrava 38 confirmações da doença.
Um plano de transferência de pacientes foi estruturado para otimizar o atendimento. Casos leves permanecem na Ilha do Marajó, enquanto os graves são transportados para Belém. No Amapá, a equipe avaliou a capacidade de atendimento da rede local. A proximidade entre Breves e Macapá pode facilitar a assistência médica.
“A principal dificuldade que enfrentamos são as distâncias e as condições geográficas da região. A população está espalhada, e os rios se tornam as principais rotas de transporte. Além disso, durante a temporada de chuvas, os deslocamentos aéreos são bastante complicados,” explicou a médica Ana Beatriz Pacheco.
Prevenção e monitoramento no Rio
Até o presente momento, o Estado do Rio de Janeiro não reporta casos de febre amarela. A Vigilância Epidemiológica estadual continua a monitorar os estados adjacentes e a intensificar a campanha de vacinação, considerada a principal estratégia de prevenção.
A vacina está disponível gratuitamente no SUS e é recomendada em duas doses na infância (aos 9 meses e 4 anos). Para adultos até 60 anos, a imunização é feita com dose única, conforme diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS).
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